História

Ciência da informação 50 anos

A mais longa tradição de ensino e pesquisa em ciência da informação da América Latina e Caribe

Desde o seu início, em 1954, o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) tem assumido um papel de vanguarda metainformacional no ensino e na pesquisa. Na gênese de seu trabalho está a Informação como essência do conhecimento e como fonte de Inovação. Com essas marcas – Informação, Conhecimento e Inovação – o IBICT tem atuado de forma cada vez mais dinâmica e plural. A partir de demandas de diversos setores da sociedade, o Instituto tem apresentado um amplo espectro de soluções tecnológicas e tem integrado sistemas de informação de diferentes áreas.

O IBICT, pela via do ensino e da pesquisa, tem assumido pioneirismo no Brasil por meio de diversas ações, dentre as quais é importante citar: a criação de redes de informação para a promoção científica e tecnológica, a difusão e a popularização da ciência, o estímulo ao uso de tecnologias para o desenvolvimento social, a informação tecnológica para o setor produtivo visando à sustentabilidade. Nesse sentido, o Planejamento Estratégico em curso foi traçado levando-se em conta o caminho que já vem sendo trilhado há alguns anos.

Este Plano é fruto de um esforço que envolveu todo o Instituto em discussões importantes e necessárias, que levaram em consideração a conjuntura nacional e internacional, econômica e política na qual o IBICT tem atuado.

O Programa é pioneiro no ensino de pós-graduação em Ciência da Informação no país e na América Latina, uma história que começa nos anos de 1950, com o Curso de Especialização, iniciado em 1955, ano seguinte à fundação do, então, Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação (IBBD), atual IBICT.

A sua primeira denominação foi Curso de Pesquisas Bibliográficas, em 1955. Em 1964, passou a ser denominado Curso de Documentação Científica (CDC). Em 1970, por Termo de Acordo assinado entre o CNPq e a UFRJ, foi criado o Curso de Mestrado em Ciência da Informação, também pioneiro no Brasil e na América Latina. Em 1994, ou seja, após 24 anos de experiência com o Mestrado, o IBICT, juntamente com a UFRJ, lançou o Curso de Doutorado em Ciência da Informação.

Considerando as vinculações acadêmicas, a pós-graduação do IBICT passou pelas seguintes fases:

  • de 1970 a 1982, por Termo de Acordo (mandato acadêmico) com a UFRJ;

  • de 1983 a 2000, em convênio do CNPq, com a UFRJ/Escola de Comunicação (UFRJ/ECO);

  • de 2003 a 2008, por convênio, com a Universidade Federal Fluminense (UFF);

  • a partir de 2009, novamente em parceria com a UFRJ, desta vez, na forma multi-institucional permanente de associação ampla, vinculado inicialmente à Faculdade de Administração e Ciências Contábeis (FACC);

  • a partir de 2013, se reestabelece a parceria histórica com a Escola de Comunicação, retomando os elos fronteiriços de métodos e teorias da área da Capes, Comunicação e Informação, integrando práticas e saberes infocomunicacionais. 

Importante destacar que, no início na década de 1970, o curso de Mestrado do PPGCI/IBICT-UFRJ contava em seu corpo docente com professores estrangeiros de alta expressão na comunidade científica internacional, parte destes até hoje à frente de pesquisas da área. Dentre os nomes, encontram-se Tefko Saracevic, Wilfrid Lancaster, LaVahn Marie Overmyer, Bert Roy Boyce, Jack Mills, Derek Langridge, John Joseph Eyre, Ingetraut Dahlberg, Suman Datta, além de Derek de Solla Price como conferencista. Alguns destes professores também orientaram as primeiras dissertações do Programa.

Além da excelência no corpo docente, seja no início, seja na atualidade, outra característica marcante e que sempre acompanhou o PPGCI a pluralidade regional de alunos, oriundos de distintas regiões brasileiras e de países da América Latina.

Soma-se aqui também a pluralidade temática, com alunos oriundos de diferentes campos de conhecimento, tendo a Bibliografia, a Biblioteconomia e a Documentação como formações discursivas nucleares e estruturais.

Enfatiza-se, por fim, o papel das mulheres na construção do PPGCI. A partir dos conhecimentos oriundos da obra de Janice Monte-Mor e Lidia Sambaqui, as herdeiras teóricas Célia Zaher e Hagar Espanha Gomes constituíram o pioneiro Programa, abrindo o campo para a recepção de Eloísa Príncipe, Gilda Braga, Gilda Olinto, Laís da Boa Morte, Laura Figueiredo, Lena Vania Ribeiro Pinheiro, Maria de Nazaré Freitas Pereira, Maria Nélida González de Gómez, Nice Figueiredo, Yone Chastinet, Regina Marteleto, Rosali Fernandez de Souza, dentre muitas outras. Da epistemologia aos métodos e conceitos do campo, esses nomes constituíram a base da pesquisa em Ciência da Informação hoje amplamente conhecida.